A desvalorização do Real Consequências imediatas V





















O Real teve uma desvalorização, frente ao dólar, de quase 50% nos últimos anos.

Mais de 70% das importações são de insumos e componentes, o que reflete, diretamente, no preço de produção e, consequentemente, um aumento do preço final. Isso, somada à questão das exportações e a diminuição de produtos no mercado interno, resulta, infalivelmente, em INFLAÇÃO.

Aumento da inflação, a moeda perde valor com o tempo, os salários não têm reajustes iguais ao índice da inflação, de modo que não se pode comprar os mesmos produtos ou a mesma quantidade com o valor usado anteriormente.

Outra questão é que, com a moeda estrangeira alta, e com inflação crescente, os investidores preferem deixar o dinheiro aplicado, (pela correção monetária), e não investem em produção.

Os quadros anteriores fazem com que nasça um circulo vicioso que é a diminuição de produção, ausência de produto interno, procura, aumento de preços, necessidade de importação, aumento dos preços, diminuição de produção, demanda de consumo, aumento dos preços, salário que não acompanha... etc. Tal quadro vai criando um efeito cascata onde o final é a desindustrialização, valor real da moeda interna baixa, desemprego e preços altíssimos.

E mais, quando a inflação é alta, o mercado internacional encara o fato de forma negativa, vendo que o governo não tem condição de estabilizar a economia, e grandes investidores e empresas evitam investir em produtivos de médios e longos prazos no países.

Especuladores externos, em busca de rendimentos altos e rápidos, pela inflação elevada, investem para tirar vantagens de taxas de juros altas. O capital especulativo é prejudicial para a economia já que muito dinheiro entra e sai rapidamente, causando instabilidade no mercado de câmbio.

Por isso, o país usa o recurso da elevação da taxa de juros como mecanismo de controlar a inflação. “Com juros elevados o consumo diminui, forçando os preços a caírem.” Mas a alta desestimula a tomada de financiamentos, prejudicando assim os investimentos internos no setor produtivo, o mercado imobiliário e a venda de bens de consumo duráveis (veículos, eletrodomésticos, etc.).





Então, mais uma vez, os quadros anteriores fazem com que aumente o circulo vicioso que é a diminuição de produção, ausência de produto interno, procura, aumento de preços, necessidade de importação, aumento dos preços, diminuição de produção, alta de juros, demanda de consumo, aumento dos preços, salário que não acompanha, saída de capital, falta de investimento, queda de produção, aumento de juros, falta de produção, salário baixo, altos preços, desemprego... etc.

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