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Mostrando postagens de julho, 2009

Lágrimas e o caminho da vida

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Não são vãs as lágrimas derramadas na semeadura. Neste momento da existência humana onde se busca a analgesia para quase tudo na vida, as lágrimas parecem criar certo sentimento de ojeriza, vergonha, fraqueza. Acontece que muitos deixaram de plantar por causa da dor causada pelo semear. Ser humano é natural, é de nossa natureza humana (é uma redundância boa), significa que não somos impassíveis, destituídos daquilo que nos diferencia de uma pedra. Digo, primeiro à minha alma, e a você: não desistamos da semeadura do amor, nem deixemos de lado o arado, pois a colheita será com alegria. Se estivermos no caminho do plantar amor, o prantear em e pelo amor é algo bom, ainda que dores incidam sobre a alma. Até O Senhor chorou ao ver o amigo morto (ainda que na existência, para Ele, não estivesse morto). Que nosso choro regue a terra, e amoleça os corações, pois o caminho do plantio é o caminho de casa. Choremos se doer, não temamos a dor, mas se chorarmos temos Alguém que chora conosco e qu

Culpado!

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É risível como temos a propensão e a capacidade de transferir ou projetar nossas culpas a outrem, especialmente se esse outrem for “Deus”. "Deus" acabou sendo uma válvula de escape para nossa personalidade desumanizada, corrompida, atribuindo a Ele todas as mazelas que acontecem em nosso meio.Não fora "Deus" quem acendeu o pavio da Amazônia, nem é Ele quem coloca fotografias de crianças nuas na internet, nem mesmo, pasmem, é Ele quem determinou a edição de atos secretos em casas legislativas do mundo afora. Sou eu SEU advogado? Por certo que não; quem sou eu pra justificar DEUS ou defendê-lo de algo que seja? (se é que precisa de defesa em algo).O nó górdio é: não somos robozinhos que não têm condições mentais nem emocionais de escolher seus atos, que não discernem as conseqüências do que fazem. É um texto simplista? Espero que sim, já que de complexidades os tribunais estão entupidos, o prato de milhares está vazio e as almas empedernidas. Vamos tirar esse muro de

Best-sellers?

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É quase incrível como temos vivido em um estado de beligerância melestador das almas, capaz de produzir terror e ansiedades nos corações. Uma neurose insaciável de poder sobre tudo e todos, uma busca de conquistas que não satisfazem, a supervalorização do ter. Vemos na literatura de auto(des)ajuda essa neurose histérica de dissociação. São as “artes da guerra”, os “como ser milionário”, os “seja o melhor líder, os “conheça seus pontos fortes e tenha sucessos” e tantas outras coisas infernizantes da vida que vêm inanindo as mentes. Isso nos faz parar e pensar: Onde está a arte da paz? Onde está a riqueza de dar? Onde está o servir? Onde estarão meus pontos fracos para eu poder me conhecer e melhorar ou aceitar um estender de mãos amigas? Tudo isso torna a existência agonizante, um inferno na terra, sobrecarregando a vida. Para mim nem se precisa mais ler nas entrelinhas, a degeneração tornou-se “best-sellers” da morte da alma, da paz interior. Os frutos estão se revelando. Não vou cita

Quem tem ouvidos para ouvir e quem tem olhos para ver?

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Diz-se muito que somos uma espécie inquiridora. ‘ Tudo’ se descobre pelas muitas questões, quase que um processo ‘socrático’ de perguntas e respostas (com o respeito devido ao filósofo grego). Não são poucos os que, buscando, ouvem apenas o eco de sua própria voz voltando como se fosse a resposta ansiada. Muitas vezes paramos para ouvir a pergunta e não a resposta! A vida, como caminho existencial, nos oferece respostas o tempo todo. Muito se diz num momento de silêncio, num gesto, num olhar, num acenar de cabeça, em um acontecimento (seja local ou global), num estender de mãos, sem necessidade de tratados sobre a questão. Não obstante, e sta geração pede um sinal , uma resposta para todas as suas perguntas. Mas temos ouvidos para ouvir ou olhos para ver? Queremos ouvir ou ver o que não queremos ouvir ou ver? ( “O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo: porque, cada um pensa estar tão bem provido do mesmo que até os mais difíceis de contentar com outros bens quaisquer, não

A Política, Eu, Você e o Mar

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Impossível passarem despercebidas algumas notícias de nossa terra (e mesmo fechando os olhos, ainda temos ouvidos e nariz e demais sentidos). É verdadeira a palavra de que se conhecem as árvores pelos seus frutos. Assim, deixo uma poesia. Uma reflexão. E o mar? Esse mistério deixo pra você descobrir. OUTEIRO DEVASSO * Satisfaz minh’alma louca grei Donde risonho estribo a cela Aos meus desejos lascivos tornei Faz-me palmilhar na calvície dela Quem diz do prazer o mal, desconhece; Quão hipócrita é seu falar. Ainda que dele ao mundo viesse A rapínea ave tenta volar Requestes lascivos venham a mim Delícias, volúpias, se nos requer. Vós outros que buscais o bom fim, Da mais alta cúria, quem não as quer? Vaga vulva d’alma dos rufiões Rubra a face “pura” que a vê É dela que se fazem as canções Sonhos dos “puros” ficam à mercê. Sob fomento ganja a donzela Quando o ruão ao encontro vai Dorido deleite entre as pernas Himeneu falso que vos atrai. Impreca a velha tal atitude Que réproba tenta sem