Quem tem ouvidos para ouvir e quem tem olhos para ver?


Diz-se muito que somos uma espécie inquiridora. ‘Tudo’ se descobre pelas muitas questões, quase que um processo ‘socrático’ de perguntas e respostas (com o respeito devido ao filósofo grego). Não são poucos os que, buscando, ouvem apenas o eco de sua própria voz voltando como se fosse a resposta ansiada. Muitas vezes paramos para ouvir a pergunta e não a resposta! A vida, como caminho existencial, nos oferece respostas o tempo todo. Muito se diz num momento de silêncio, num gesto, num olhar, num acenar de cabeça, em um acontecimento (seja local ou global), num estender de mãos, sem necessidade de tratados sobre a questão. Não obstante, esta geração pede um sinal, uma resposta para todas as suas perguntas. Mas temos ouvidos para ouvir ou olhos para ver? Queremos ouvir ou ver o que não queremos ouvir ou ver? (“O bom senso é a coisa mais bem distribuída do mundo: porque, cada um pensa estar tão bem provido do mesmo que até os mais difíceis de contentar com outros bens quaisquer, não têm costume de desejar mais senso do que aquele que já possuem.”- Descartes)

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