O Cacto e Eu


Tenho um pequeno Cacto em minha mesa. Perguntei-me: por que ele não dá flores como outros da mesma espécie? Cuido bem, nada lhe falta, ainda assim não vieram as esperadas flores? No mesmo instante que fiz a pergunta, sobressaltou em minha mente que ele é um Cacto, não uma Rosa ou uma Orquídea. Por ser Cacto, ele suporta as agruras do ambiente no qual vive, meu escritório, sem a luz do sol, sem a natural chuva, sem o contato direto com a terra, submetido ao ar-condicionado todos os dias e à solidão todas as noites. Passando muitas vezes impercebido. Percebi que ele suporta as dores de sua existência em ser meu, mais que eu a ele. Descobri, então, que me alegra sendo ele Cacto e não flor. Ora, assim somos nós: querendo mais do que oferecemos. (“Ora se vós, sendo maus, sabeis dar boas dádivas a vossos filhos, quanto mais vosso Pai que está nos céus, dará boas coisas aos que lhas pedirem?” Mateus 7:11)

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