15 DE MARÇO DE 2015
15 DE MARÇO DE 2015
UM TSUNAMI VERDE E AMARELO
Nunca antes na
História de nossa pátria houve uma manifestação de proporções nacionais como
esta do dia 15 de março; nem mesmo na época das “Diretas Já” e do “Fora Collor”.
A nação,
imbuída de um sentimento de ojeriza à corrupção institucionalizada bem como a
omissão (ou mancomunação) desta ao quadro geral, levou a população em massa às
ruas.
As redes
sociais foram o meio de comunicação que permitiu a convenção do encontro
nacional. Das menores às maiores cidades, lá estava o povo, vestido das cores
nacionais, cobertos pela nossa Bandeira; homens e mulheres de todas as idades,
famílias, crianças, todos nas ruas. Como um Tsunami Verde e Amarelo, as ruas
foram tomadas pelo patriotismo.
Em todos os
Estados, em inúmeras cidades e capitais, a população saiu às ruas para bradar contra
o “establishment” que há 12 anos mantém seu discurso eleitoreiro, não realizando
seu dever político na prática.
Alguns
acreditam que a democracia só se faz nas urnas. “Ledo” engano. A democracia se
faz no dia a dia. A democracia é o povo. E quando o povo não se sente mais
representado ou não considera mais confiáveis seus representantes, pede sua
retirada, sua destituição.
A democracia
não serve para garantir a impunidade nem a permanência eterna de representantes
eleitos, ela serve contra ataques ilegítimos e para garantir a governabilidade.
Mas quando o povo, em massa, clama por mudança, quando os representantes já não
representam e usurpam o poder, a legitimidade se faz presente na voz do povo.
Outros tentam
argumentar que um povo ‘corrupto’ não pode querer o fim da corrupção. Outro
engano, este de proporções mais dolosa.
A corrupção
política está além da esfera individual, ela está na Estrutura do Estado; não se
pode olvidar que o Estado existe para servir ao povo. Não é o povo sendo
julgado, mas o Estado-Instituição, o partido que se apropriou da condição de “Estado”
e usurpa do poder; são os representantes eleitos e órgãos outros, que estão
corrompidos por dentro. Nestes casos, a corrupção vai além, ela destrói a Nação,
ela impede o progresso, ela faz florescer a ignorância, ela mata de fome, ela
denigre a imagem, ela impõe ideologias, ela alça o imoral à virtuoso, ela escraviza
pela supertributação que alimenta os próprios usurpadores do poder.
Para o povo,
existem as leis para puni-lo se caso, e a cada caso individualmente, exceda
seus direitos ou interfira no de outros indivíduos. Para o Estado, porém,
existem não apenas as leis, a Constituição, mas, quando estas não são aplicadas
pela corrupção institucionalizada, há o povo, corpo legítimo para exigir a
mudança e, se necessário, nas ruas.
O “establishment”
perdeu sua hegemonia, perdeu sua representatividade, não representa mais o
pensamento e desejo da nação cansada da imoralidade confessa do Governo. O
partido governante nem mesmo consegue, por ideal apenas, reunir aqueles que se
dizem seus defensores, sem convocá-los por meio de algum pagamento; nem há
argumentos que profira que não sejam falaciosos, imorais e eivados de ódio, para
tentar justificar sua permanência no poder.
As redes sociais
permitiram divulgação das imagens deste dia memorável. Só na capital de São
Paulo, mais de 1.000.000 (um milhão) de pessoas (números oficiais), estavam na
Avenida Paulista alçando a voz pela insatisfação para com o Governo.
15 de Março. Este
é o dia no qual uma fagulha de democracia aumentara e se tornara uma labareda contra
aqueles que buscam usurpar do poder e corromper a democracia.
15 de Março de
2015. Marque esse dia. Nesse dia a democracia brasileira tomou uma nova forma.
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