A SABEDORIA e SEU CRIADOR
Acredito
ser muito importante que sempre estejamos em busca de conhecimento.
Estudar faz
parte da vontade visceral que nos habita de conhecer. Entender a realidade que
nos circunda, os segredos da vida nos chama pelo nome.
Saber nunca é demais, já se diz por aí, entretanto, é preciso
reconhecer que nem todo conhecimento está de acordo com um padrão de bem
supremo (às vezes se convertendo em loucura), e que o conhecimento, todavia, não
é perfeito, no sentido de plenitude, pois quem sabe a plenitude de tudo? O apóstolo
Paulo já dizia, “em parte, conhecemos, e em parte profetizamos, mas, quando
vier o que é perfeito, então o que o é em parte será aniquilado”.
É necessário reconhecer, então, que
nenhum conhecimento é absoluto, pleno, completo, capaz de compreender a
totalidade da realidade, mas nem por isso, entretanto, deixamos de buscar a
verdade, o conhecer, o saber, pois esta ocupação “deu Deus aos filhos dos homens para nela os
exercitar”, já esclarecia o Pregador.
Mas é preciso, por outro lado,
estar atento para não cairmos numa armadilha da alma humana, ‘crer que se está
acima do conhecimento Divino’, em especial quando o tema de estudo e objeções é,
justamente, ‘o Divino’.
Não é meu intuito aqui, nem poderia
por óbvio, pôr um fim no assunto sabedoria ou conhecimento ou conhecimento divino
(pois quem conhece a Deus melhor que Ele? Ou sabe mais que Ele?), mas apenas
salientar que para Deus importa, sim, que o homem busque a verdade, que compre a verdade e não a venda, e também a sabedoria, a
instrução e o entendimento. É importante ter em mente que para Deus, é
importante que entendamos que a sabedoria é a coisa principal e devemos
adquiri-la empregando tudo o que possuímos. Mas Deus também diz que a sabedoria habita com a
prudência, e mais, que o princípio da sabedoria é o temor a Ele,
uma vez que os olhos dos homens não se fartam de ver,
nem os ouvidos se enchem de ouvir.
Donde, pois, vem a
sabedoria, e onde está o lugar da inteligência? Quem pôs a sabedoria no
íntimo, ou quem deu à mente o entendimento? A resposta é: (de) Deus.
De tal forma,
apesar do muito conhecimento humano, de todos os estudos, de todas as doutrinas,
de todas as teologias e filosofias, de todos os textos produzidos, de todas as
opiniões, por fim haverá de ser lembrado que é a Ele que se deve atentar e humildemente
pedir pela instrução sobre o que seja ou não dEle, a fonte suprema da sabedoria
e do entendimento; posto que confiar no seu próprio coração é insensato.
Em muitas
oportunidades nos deparamos (e nos depararemos) com questões complexas,
difíceis, as quais geram, não raramente, disputas das mais variadas. Mas
devemos saber que “a sabedoria que do
alto vem é, primeiramente pura, depois pacífica, moderada, tratável, cheia de
misericórdia e de bons frutos, sem parcialidade, e sem hipocrisia”!
Eis que “o temor
do Senhor é o princípio da sabedoria, e apartar-se do mal é inteligência”. Pois
se nalgum tema, nalgum momento, nos depararmos com a falta de sabedoria, peçamo-la
a Deus, que “a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto, e ser-nos-á dada”
em “boa medida, sacudida, recalcada e transbordante”.
Que Deus nos guie no caminho da verdade, e então seremos livres da obscuridade.
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